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  • Talita Duvanel / oglobo.com

Bioestimuladores: tudo sobre as substâncias para aumentar a produção de colágeno


O início da quarta década de idade balança com força as estruturas da pele, mais especificamente no que diz respeito ao colágeno, a palavrinha que reluz em potes de pílulas e cosméticos cheios de promessas. Acontece que, à medida que o tempo passa, nem tudo faz tanto efeito para manter a firmeza de outrora. Num mundo com tanta expectativa para resultados e diversas opções que fazem menos efeito do que prenunciam, o que tem obtido sucesso no meio médico são os bioestimuladores. Eles são substâncias capazes de incitar nossas células a produzirem colágeno e fazer a pele permanecer firme por mais tempo.


A função primordial do colágeno, uma proteína que fica armazenada na derme, é dar sustentação e manter a coesão das fibras. Só que tempo e escolhas de vida (excesso de sol, tabaco, poluição e estresse) estão intimamente ligados à queda da síntese desse composto, que é produzido naturalmente pelo nosso corpo.


Com o envelhecimento cronológico e ambiental, nós vemos diminuir a quantidade dessa proteína, por isso a pele vai ficando mais fina e sem elasticidade, explica Monica Azulay, dermatologista e professora da UFRJ.

A curva de produção começa a cair a partir dos 30 anos, mas, em geral, os sinais mais intensos começam a aparecer a partir dos 40, quando o uso dos bioestimuladores começa a ser uma alternativa interessante para estimular as fibras epiteliais e, consequentemente, atenuar a flacidez.


Trata-se de substâncias sintetizadas em laboratório, que, quando injetadas no subcutâneo, impulsionam a reação dos fibroblastos, as células que produzem o colágeno, explica a dermatologista Bruna Bravo. É como se acontecesse uma pequena irritação celular; o organismo reconhece essas micropartículas que compõem os bioestimuladores como corpos estranhos e ativa o sistema de defesa. Tudo isso de forma bastante segura.


Existem duas substâncias reconhecidas no mercado:o ácido Poli-L-Láctico ( SCULPTRA) e a hidroxiapatita de cálcio (RADIESSE). A diferença entre os dois, é que a hidroxiapatita de cálcio também tem efeito preenchedor, o que não acontece com o ácido Poli-L-Láctico. Isso dá opção para os médicos trabalharem ou não a questão da volumização.


Ambos são usados há bastante na tempo na área da face, mas, hoje em dia, estão aparecendo cada vez mais estudos comprovando eficácia também em outras partes do corpo, como abdome, parte interna da coxa e braços.

A ideia do uso de um bioestimulador é de que o efeito seja visto a médio e longo prazo. A partir de três meses após a aplicação da substância, o paciente começa a sentir um real aumento da firmeza do rosto ou do corpo.

Pode/não pode

Embora a flacidez apareça com mais intensidade a partir dos 40 anos, genética e hábitos sociais podem fazer com que a questão seja uma realidade mais cedo. Não há contraindicação de estímulo de colágeno em pacientes a partir dos 30 como prevenção. Os bons médicos, no entanto, não fazem aplicação em gestantes e pessoas com doenças autoimunes.


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